Sunday 31 July 2016


Um momento de paragem...um momento de partilha...um momento de oração

Hoje estive em muitos lugares, mas para mim, estes foram os três mais importantes:

Mama Silvana é uma mulher que cuida de algumas coisas da casa de refugiados, onde faço voluntariado, nomeadamente da distribuição das refeições. Quando eu e a Rita chegamos ela recebeu-nos de braços abertos, com um grande sorriso na cara e abraçou-nos com simpatia e afeto. Eu senti naquele abraço a minha primeira paragem: O encontro com a ternura de Deus .

Depois da reunião com o Gregory eu e a Ria fomos para o jardim. Em círculo falamos com os “rapazes” sobre o que eles gostariam de fazer. No mesmo círculo estava um homem também ele refugiado, mas que não integrava o campo. Só estava lá em visita por companheirismo. Quando o cumprimentei ele disse-me “Deus te abençoe”. Naquele momento eu pensei que cada pessoa é, de facto, um mundo. E cada um destes mundos é extremamente difícil de perceber e de tocar, porque cada um conta-nos uma história, uma história diferente. Nós não sabemos como começou, nem o que realmente aconteceu, só sabemos que esta história tem uma personagem: a pessoa que vemos à nossa frente, nada mais! Eu senti naquele momento que aquele era o meu segundo momento de paragem: O encontro com  a humanidade de Deus.

Mais tarde os meus olhos viram a tristeza de Lamin, um teenager, de 12 anos de idade. As crianças são a paixão do meu coração. Todas as crianças deveriam ter a oportunidade de sonhar com princesas e fadas no colo da sua família e deveriam acreditar que todas as histórias têm um final feliz.  É tão triste quando vemos uma criança com a escuridão nos olhos e nos sonhos. Esta foi então a minha terceira paragem. O encontro com a sensibilidade de Deus.

Este é de facto o tempo de “ir” e de “parar”. Não em lugares exteriores, mas em lugares interiores, onde Deus se quer encontrar connosco.

E porquê? Ontem o Gregory disse a resposta “Eu sou apaixonado por estas pessoas. O meu trabalho não é uma profissão, é uma paixão!”

Não há um único dia em que eu não sinta: Este é o um lugar, neste meu tempo de vida!

 

Ragusa, 19 de julho de 2016

Eunice Freitas

No comments:

Post a Comment