Um
momento de paragem...um momento de partilha...um momento de oração
Hoje estive em
muitos lugares, mas para mim, estes foram os três mais importantes:
Mama Silvana é uma
mulher que cuida de algumas coisas da casa de refugiados, onde faço
voluntariado, nomeadamente da distribuição das refeições. Quando eu e a Rita
chegamos ela recebeu-nos de braços abertos, com um grande sorriso na cara e abraçou-nos
com simpatia e afeto. Eu senti naquele abraço a minha primeira paragem: O
encontro com a ternura de Deus .
Depois da reunião
com o Gregory eu e a Ria fomos para o jardim. Em círculo falamos com os “rapazes”
sobre o que eles gostariam de fazer. No mesmo círculo estava um homem também
ele refugiado, mas que não integrava o campo. Só estava lá em visita por
companheirismo. Quando o cumprimentei ele disse-me “Deus te abençoe”. Naquele
momento eu pensei que cada pessoa é, de facto, um mundo. E cada um destes
mundos é extremamente difícil de perceber e de tocar, porque cada um conta-nos
uma história, uma história diferente. Nós não sabemos como começou, nem o que
realmente aconteceu, só sabemos que esta história tem uma personagem: a pessoa
que vemos à nossa frente, nada mais! Eu senti naquele momento que aquele era o
meu segundo momento de paragem: O encontro com a humanidade de Deus.
Mais tarde os meus olhos
viram a tristeza de Lamin, um teenager, de 12 anos de idade. As crianças são a
paixão do meu coração. Todas as crianças deveriam ter a oportunidade de sonhar
com princesas e fadas no colo da sua família e deveriam acreditar que todas as
histórias têm um final feliz. É tão
triste quando vemos uma criança com a escuridão nos olhos e nos sonhos. Esta
foi então a minha terceira paragem. O encontro com a sensibilidade de Deus.
Este é de facto o
tempo de “ir” e de “parar”. Não em lugares exteriores, mas em lugares
interiores, onde Deus se quer encontrar connosco.
E porquê? Ontem o
Gregory disse a resposta “Eu sou apaixonado por estas pessoas. O meu trabalho
não é uma profissão, é uma paixão!”
Não há um único dia em que eu não sinta: Este é o um lugar,
neste meu tempo de vida!
Ragusa, 19
de julho de 2016
Eunice
Freitas